Grupos de Trabalho – Afirmação 2016
Última modificação: Segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
Ementa GT 01) Juventude, empoderamento, tombamento e negritude
Promover e discutir a geração tombamento, afirmando sua ancestralidade como (re)criação de uma possibilidade histórica. Ressignificar elementos da estética negra relacionando-os com sua cultura, articulando e promovendo o emponderamento desse grupo racial, dando visibilidade à violência cotidiana do racismo e preconceito e, (re)afirmar as conquistas e o orgulho de ser negro. Apresentar o movimento de tombamento e negritude que utiliza a música, a arte e a moda para fazer uma mistura da cultura africana com tecnologia, ciência e futuro. O afro como possibilidade, como algo positivo e orgulhoso. Analisar as políticas públicas voltadas para o segmento e o empoderamento da população negra. Debater as causas, razões e consequências dos índices da violência a jovens negros que têm sido o alvo da exclusão social e da violação dos direitos humanos.
Ementa GT 02) EJA, diversidades, trabalho e cidadania
Promover e discutir o aprendizado da EJA e sua diversidade na educação. Analisar a integração e adaptação dos jovens adultos no mercado de trabalho e seu papel na cidadania.
Ressaltar os diversos públicos e culturas que procuram a EJA e refletir uma melhora da sistematização na educação de jovens e adultos. Analisar todas as temáticas a serem discutidas, a exemplo da cidadania que pressupõe respeito às diversidades entre os indivíduos. Oferecer questões a serem refletidas para que os objetivos educacionais sejam alcançados de forma adequada e efetiva, resultando em melhorias da qualidade da aprendizagem dos envolvidos. Destacar a importância de trabalhar com jovens e adultos de maneira a usar os seus conhecimentos prévios, fazendo com que eles construam da melhor maneira o conhecimento e o pensamento crítico.
Ementa GT 03) Ações afirmativas de base racial na sociedade brasileira
Discutir o programa de ações afirmativas, definido como um conjunto de políticas públicas e privadas de caráter compulsório, facultativo ou voluntário, concebidas com vistas ao combate da discriminação de raça, gênero, etc., bem como para corrigir os efeitos presentes da discriminação praticada no passado. Debater as ações afirmativas em benefício da população negra, tendo como eixo a polêmica de um programa de cotas raciais na instituição. Analisar os objetivos das ações afirmativas, como: induzir transformações de ordem cultural, pedagógica e psicológica, visando tirar do imaginário coletivo a ideia de supremacia racial versus subordinação racial e/ou de gênero; coibir a discriminação do presente; eliminar os efeitos persistentes (psicológicos, culturais e comportamentais) da discriminação do passado, que tendem a se perpetuar e que se revelam na discriminação estrutural; implantar a diversidade e ampliar a representatividade dos grupos minoritários nos diversos setores; criar as chamadas personalidades emblemáticas, para servirem de exemplo às gerações mais jovens e mostrar a elas que podem investir em educação, porque teriam espaço. Discutir a adoção de dispositivos concretos de combate à elevada desigualdade racial no país, sua adequação e eficácia.
Ementa GT 04) Educação inclusiva, mercado de trabalho e tecnologias Assistivas
Analisar e discutir o processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais específicas na realidade social e educacional e também, o papel das tecnologias assistivas para a Educação inclusiva, integração e inclusão nas instituições de ensino, no mundo do trabalho e na sociedade de um modo geral. Aprofundar o debate sobre as temáticas e desafios que pontuam as diversidades e as diferenças em nosso país, no que tange o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. “Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” – (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
Ementa GT 05) Comunidades tradicionais, religiões de matrizes africanas, indígenas, quilombolas, campesinos e ribeirinhos
Apresentar e refletir sobre o cotidiano das comunidades tradicionais de matrizes africanas, indígenas, quilombolas, campesinatos e ribeirinhas e suas inter-relações com a natureza dentro da lógica do desenvolvimento sustentável.
Verificar o fortalecimento identitário das comunidades tradicionais a partir das religiões de matrizes africanas e debater sobre os direitos dessas comunidades tradicionais, que compõem um universo social desassistido, discutindo-se a implantação de políticas públicas que venham a trazer benefícios efetivos, notadamente, a partir da promulgação do Estatuto da Igualdade Racial.
Discutir a ampliação dos canais de diálogo e entendimento entre as populações das comunidades tradicionais no Brasil. Aumentar a visibilidade social (e, por conseguinte, valorização social) das questões indígenas, quilombolas, campesinos e ribeirinhos, aos níveis municipal, regional, estadual e nacional.
Ementa GT 06) Relações de gênero, ciência, tecnologia e sociedade
Aprofundar, em uma perspectiva interdisciplinar, os significados, os sentidos e as práticas presentes na tríade pesquisa, ensino e extensão sobre as questões de gênero que contemplem a ciência, educação e tecnologia. Analisar as relações de gênero que, por um lado permitem uma compreensão refinada de como as instituições de ensino, o mundo do trabalho e as relações sociais são, por outro lado, uma oportunidade para o questionamento de práticas excludentes, discriminatórias e sexistas. Este GT reúne pesquisadores (as) e estudiosos (as) das relações sociais de gênero no âmbito do Trabalho, da Ciência, da Tecnologia, do Ensino Técnico e da Educação Profissional e Tecnológica.
Ementa GT 07) Diversidade sexual, LGBTfobia, heteronormatividade e comunidades LGBT’s
Discutir sobre a diversidade sexual. Refletir sobre o preconceito e a discriminação que envolvem orientação sexual e identidade de gênero. Analisar as atividades culturais e educativas das comunidades LGBT’s promovendo um espaço de convivência. Potencializar estudos acerca da diversidade sexual.Discutir a fobia e o preconceito contra a população LGBT, que surge dos mitos construídos culturalmente a respeito da homossexualidade, da bissexualidade, da transexualidade e da travestilidade. Debater e promover o direito à igualdade segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que reconhece em cada indivíduo o direito à liberdade e à dignidade, e segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, que também adota o princípio da dignidade humana, afirmando como objetivo fundamental, entre outros, “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais são cidadãs e cidadãos e têm direitos e deveres como todas as pessoas.
Ementa GT 08) Círculo escolar, formação de professores e as questões de gênero e relações étnico-raciais na produção do conhecimento
Debater as possibilidades da construção curricular que atenda sujeitos diversos. Prognosticar sobre as questões étnico-raciais na produção do conhecimento e sobre a formação de professores. Enfatizar a possibilidade de uma mudança epistemológica e política no que se refere ao trato da questão étnico-racial na escola e na teoria educacional, proporcionada pela introdução obrigatória do ensino de História da África e das culturas afro-brasileiras nos currículos das escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio. Debater a mudança de práticas e descolonização dos currículos da educação básica e superior em relação à África e aos afro-brasileiros. Discutir mudanças de representação e de práticas e lugares de poder. Indagar a relação entre direitos e privilégios arraigada em nossa cultura política e educacional, em nossas escolas e na própria universidade.
Ementa GT 09) Movimento de mulheres, feminismos e intersecções: raça etnia e classe
Debater a questão da mulher no mundo do trabalho numa perspectiva de aprofundamento dos processos de superação da exploração de classe e de divisão sexual do trabalho; os salários desiguais, o assédio sexual, e a desproteção social do trabalho das mulheres, ou seja, a ausência de direitos trabalhistas, de assistência e previdência social. Demarcar a trajetória de luta das mulheres negras brasileiras no interior do movimento feminista nacional. Trata-se de colocar em questão a perspectiva feminista clássica fundada numa concepção universalista de mulher, que tem o seu paradigma na mulher branca ocidental, o que obscurece a percepção das múltiplas contradições intragênero e entre gêneros que a racialidade aporta. Discutir o campo da sexualidade e da reprodução, envolvendo questões como a liberdade sexual, a maternidade livre, o direito de ter e não ter filhos/as, o fim da exploração sexual, entre outras.
Ementa GT 10) Psicologia social, saúde, Estado e movimentos socias
Elaborar o diálogo entre a Psicologia Social e a Saúde, evidenciando a diversidade dessa relação. Abordar temáticas de ordem cultural, político-institucional e clínica, relendo a complexidade do campo da Saúde. Promover o modelo de intervenção da Psicologia Social, que propõe um olhar sobre a singularidade de forma contextualizada, considerando as demandas comunitárias de saúde nas diferentes esferas sociais. Debater o histórico e a estrutura das políticas de saúde na perspectiva da Psicologia e a especificidade de sua contribuição em equipes Multidisciplinares e a integralidade da atenção em saúde. Discutir os movimentos sociais da Psicologia Social na área da saúde como a Reforma Psiquiátrica e Reforma Sanitária.